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Filipe Toledo destaca força do surfe brasileiro

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A rivalidade nas ondas do surfe mundial está mais viva do que nunca. O ano de 2024, que coroou o havaiano John John Florence como campeão mundial, também testemunhou a ascensão de um grupo de surfistas californianos, apelidado de “Ciclone de São Clemente.” O trio formado por Griffin Colapinto, seu irmão Crosby Colapinto, e o estreante Cole Houshmand – todos naturais de San Clemente, Califórnia – obteve um desempenho notável na temporada. Juntos, encerraram o ano entre os 15 melhores do mundo, com Jake Marshall, também californiano, alcançando a 11ª posição no ranking. Esse grupo de talentos californianos levantou comparações com a famosa “Brazilian Storm” – termo que se refere à forte presença e competitividade dos surfistas brasileiros no cenário mundial.

Apesar do protagonismo dos surfistas californianos, o bicampeão mundial brasileiro Filipe Toledo se mantém confiante na força dos atletas do Brasil. Em entrevista ao ge, Toledo ressaltou que a “tempestade brasileira” veio para ficar, destacando que o Brasil ainda conta com surfistas de alto nível no circuito. Em 2024, o melhor brasileiro foi Ítalo Ferreira, que conquistou o vice-campeonato mundial. Gabriel Medina, que também esteve presente, completou dizendo que a competição saudável entre as nações ajuda a elevar o nível do esporte e que a próxima temporada promete fortes emoções, especialmente com o recorde de 11 surfistas brasileiros na elite masculina e a brasileira Tatiana Weston-Webb no circuito feminino.

Para a temporada de 2025, grandes novidades estão previstas. O Finals, evento que decide o campeão mundial, será realizado em Cloudbreak, Fiji. Esse retorno a Fiji reacende o entusiasmo dos brasileiros, que já tiveram vitórias expressivas nessa onda. Além disso, o circuito contará com novas etapas em locais tradicionais como Snapper Rocks, Lower Trestles, e Jeffreys Bay, e incluirá pela primeira vez uma piscina de ondas em Abu Dhabi. Outra mudança importante será o corte de competidores após o sétimo evento em Margaret River, Austrália, em vez de ocorrer na metade da temporada como de costume.

Toledo, que se recuperou de lesões e voltou a se apresentar ao público em uma bateria especial no Brasil, está focado em recuperar sua melhor forma para 2025. Em suas palavras, ele afirma estar “reenergizado e preparado,” com o objetivo de conquistar mais um título. Medina, por sua vez, também expressa confiança e declara que fará de tudo para se classificar para o Finals e buscar seu quarto título mundial.

Com expectativas elevadas, uma programação que combina tradição e inovação, e um número recorde de brasileiros na competição, 2025 promete ser uma temporada histórica no surfe mundial. A disputa entre o “Ciclone de São Clemente” e a “Brazilian Storm” continua, prometendo elevar a competitividade e a emoção do esporte nas ondas ao redor do globo.

Confira o calendário completo do Mundial de Surfe de 2025:

• Pipeline, Havaí – 27 de janeiro a 8 de fevereiro
• Surf Abu Dhabi, Abu Dhabi – 14 a 16 de Fevereiro
• Peniche, Portugal – 15 a 25 de Março
• Punta Roca, El Salvador – 2 a 12 de Abril
• Bells Beach, Austrália – 18 a 28 de Abril
• Snapper Rocks, Austrália – 3 a 13 de Maio
• Margaret River, Austrália – 17 a 27 de Maio
• Lower Trestles, EUA – 9 a 17 de Junho
• Saquarema, Brasil – 21 a 29 de Junho
• Jeffreys Bay, África do Sul – 11 a 20 de Julho
• Teahupo’o, Taiti – 7 a 16 de Agosto
• WSL Finals: Cloudbreak, Fiji – 27 de Agosto a 4 de Setembro